O termo neurodivergente refere-se a pessoas cujo funcionamento cerebral difere das normas determinadas pela sociedade em termos de neurologia, cognição e comportamento. Essa diversidade neurológica pode incluir uma variedade de condições, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA); Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH); Transtorno Opositivo Desafiador (TOD); Transtorno de Processamento Sensorial (TPS); Altas Habilidades/Superdotação (AH/SD); Transtornos do Desenvolvimento da Aprendizagem (TDA) como é o caso da Dislexia; Síndrome de Tourette; entre outros. O conceito de neurodivergência destaca a ideia de que as diferenças neurológicas não devem ser consideradas como desvios ou deficiências, mas como variações naturais da experiência humana. Portanto, o termo é frequentemente usado em oposição à ideia de neurotípicos, que se refere a pessoas cujo funcionamento cerebral se enquadra nas normas consideradas típicas da sociedade.
Ao considerar e celebrar a neurodiversidade, a sociedade pode promover a inclusão e acessibilidade de todas as formas de neurodivergência. Isso envolve normas e valorizar habilidades e perspectivas únicas de pessoas neurodivergentes, bem como adaptar ambientes e práticas para acomodar diferentes estilos de aprendizagem e de interação social. A abordagem da neurodiversidade destaca a importância de se mover além do modelo médico tradicional, que muitas vezes patologiza as diferenças neurológicas, e busca uma compreensão mais ampla e inclusiva da diversidade cerebral. A importância de acolher pessoas neurodivergentes transcende as fronteiras da compreensão e inclusão. Em uma sociedade que busca a igualdade e a diversidade, reconhecer e valorizar as diferentes formas de funcionamento cerebral é fundamental para construir uma comunidade verdadeiramente inclusiva.
Conheça os termos para não errar mais:
Neurodiversidade, Neurodivergente, Neuroatípico, Neurotípico, Neurodesenvolvimento
Muitas pessoas ainda ficam na dúvida sobre os termos utilizados com relação a neurodiversidade. Tem pessoas, inclusive, que ainda não ouviram falar sobre nenhum destes termos. Por isso, essa postagem é importante. Vivemos em um mundo neurodiverso, ou seja, cada um de nós pensa, aprende, se comunica e interage socialmente de um determinado jeito, nem sempre a forma como isso acontece esta dentro de um padrão estabelecido pela sociedade, mas não quer dizer que esteja errado. Muito pelo contrário, é justamente essa neurodiversidade que nos torna seres únicos. Cada um com seu jeito, cada um com seu universo. E isso, é excelente!
NEURODIVERSIDADE
A socióloga australiana Judy Singer, que se descobriu autista na idade adulta, registrou pela primeira vez o termo "neurodiversidade" em 1998. A neurodiversidade é a variedade de composições neurológicas humanas, e todas as pessoas são neurodiversas, sejam elas típicas ou atípicas.
Neurodiversidade é um conceito que defende que a mente humana funciona de diversas formas, e que essas diferenças são naturais e não devem ser consideradas doenças ou incapacidades.
A neurodiversidade promove a ideia de que cada pessoa é única e que as diferenças neurológicas devem ser respeitadas e aceitas. O movimento de neurodiversidade busca a inclusão social e o reconhecimento das diferentes habilidades e forças das pessoas neurodiversas.
NEURODIVERGENTE
Neurodivergente é a pessoa que se enquadra na neurodiversidade, ou seja, uma pessoa neurodivergente é aquela que tem um funcionamento cerebral e comportamental diferente do padrão considerado típico ou normal. Essas diferenças não são patologias, mas sim variações naturais da neurologia humana.
Entre os exemplos de pessoas dentro do quadro da neurodiversidade estão aquelas com transtornos psiquiátricos (depressão, ansiedade, esquizofrenia, bipolaridade, transtorno de personalidade etc), pessoas com transtornos do neurodesenvolvimento (autismo, déficit de atenção e hiperatividade, superdotação, dislexia etc), pessoas com deficiência intelectual (Síndrome de Down ou outros tipos de deficiência intelectual).
NEUROATÍPICO
Neuroatípico é um termo que se refere a pessoas que apresentam um desenvolvimento cognitivo, comportamental ou emocional diferente do que é considerado normal na população.
Pessoas neuroatípicas podem apresentar condições como: Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Dislexia, Síndrome de Down, Síndrome de Tourette, entre outras.
Algumas características de pessoas neuroatípicas são: Dificuldades na comunicação verbal e não verbal, Déficit na interação com outras pessoas, Intolerância a mudanças, Comportamentos repetitivos, Interesses muito restritos.
O termo "neuroatípico" destaca a importância de reconhecer e respeitar as necessidades e habilidades únicas de cada pessoa.
NEUROTÍPICO
Pessoas neurotípicas (ou típicas) são aquelas que não possuem problemas de desenvolvimento neurológico, ou seja, pessoas que não possuem diagnóstico de transtornos cognitivos, comportamentais e sociais.
NEURODESENVOLVIMENTO
O neurodesenvolvimento é o processo de crescimento e desenvolvimento do sistema nervoso, que começa na concepção e continua ao longo da vida. Ele envolve a formação de neurônios, a organização de circuitos neurais e o desenvolvimento de funções cerebrais. Todos os seres humanos passam por este processo de neurodesenvolvimento.
O neurodesenvolvimento é influenciado por fatores genéticos, ambientais e epigenéticos. Qualquer alteração nesse processo pode resultar em transtornos do neurodesenvolvimento, que podem afetar habilidades como: Linguagem, Atenção, Comportamento, Aprendizado, Controle motor e Interação social. Alguns exemplos de transtornos do neurodesenvolvimento são:
O símbolo da neurodiversidade, das pessoas neurodivergentes e neuroatípicos é o infinito com as cores do arco-íris.